Blog de Escárnio e Maldizer

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Monarquite crónica

A monarquite crónica é uma doença que atinge alguns sujeitos começando por manifesta-se por  uma compulsiva e incontrolável vontade de balbuciar palavras como "Rei", "Hereditariedade", "Legitimidade histórica", etc. Apresenta algumas semelhança com a síndrome de Tourrete, mas é em geral considerado um estado mais grave. Nos circundantes, costuma provocar um estado de desopilação hilariante, o que faz vir as lágrimas aos olhos, pelo que os afectados por esta doença não representam um perigo para a demais população.  Contudo esta doença afecta os neurónios tornando-os azulados, o que impede o paciente de articular um discurso coerente. A longo termo pode conduzir a uma redução da massa cinzenta, como a documentada na radioagrafia junta. Tem origem num virus que se introduz durante a adolescencia no sistema nervoso e embora seja uma condição degenerativa, não é considerada contagiosa tendo em atenção o pequeno número de casos observados a nível nacional. Muita água e ar puro ajudam a atenuar os seus efeitos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mitologia I


Dêmos inicio ao tema dos mitos e armadilhas da propaganda monárquica. Nada melhor que começar pela legitimidade de um regime. O que vem a ser essa coisa? Haverá uma boa definição? A argumentação monárquica bate desaustinadamente na tecla da implantação da República em Portugal através de uma revolução violenta! Recuemos uns séculos e imaginemos que perguntávamos ao senhor Miguel de Vasconcelos (em pleno voo e depois de ter sido arrebanhado de forma mais ou menos pouco simpática do móvel onde estava confortavelmente escondido) se achava que a revolução desse dia 1 de Dezembro não estava a ser nada violenta? Ou recuemos um pouco mais até ao dia em que o senhor Conde Andeiro levou com um cutelo pela pinha abaixo e perguntemos-lhe o que achava da situação. Pouco violenta? Também D. Afonso VII de Castela não deve ter achado nada simpático o levantamento de rancho feito pelo seu primo D. Afonso Henriques. Em conclusão, a implantação da República tem em comum com a implantação e manutenção da Monarquia em Portugal nos séculos passados o facto de terem sido feitas à bruta.  

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O país dos poetas mortos


Lá passou mais um 10 de Junho, dia de Portugal, Camões e das Comunidades (esquecemo-nos de mais alguma coisa?). E continuamos sempre com a mesma pergunta na cabeça: porque carga de água andamos a comemorar a morte de um poeta como dia nacional? Ainda por cima não há nada que nos orgulhemos ai. Na altura a segurança social não funcionava (agora também é o que se vê) e o senhor acabou na miséria. 

O natural seria comemorar um feito histórico. Por exemplo, o 1º de Dezembro com o Miguel Vasconcelos a fazer voo planado e a saída dos Filipões parece bastante adequado a qualquer país que se prese.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O partido impopular


Hoje estamos com falta de imaginação. Portanto vamos recorrer a quem a tem: o Ricardo Araújo Pereira. Aqui fica o link para a crónica "O partido impopular Monárquico".