Blog de Escárnio e Maldizer

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terça-feira, 30 de março de 2010

Adivinham quem é?


Os monarcas europeus são gente conhecidíssima. Há uns tempos atrás o rei da Noruega andou de visita em Portugal. Vejam que o senhor até se deu ao trabalho de ir visitar um supermercado. Enfim coisas da realeza. A questão é que tirando o pessoal da comitiva, ninguém sabia quem era aquele senhor muito simpático. Parece impossível!

Isso lembrou-nos aqui no República-Viva de fazer um pequeno jogo. Vamos lá a ver se adivinham quem é quem dos monarcas europeus. Deixámos de fora, claro está, a rainha de Inglaterra (demasiado óbvio), o rei de Espanha (caramba, é aqui nosso vizinho) e o babaladíssimo Alberto do Mónaco. Todas as garotas que lêem a Caras ou a Hola! topavam-no em três tempos.

Vá olhem para as fotos e tentem adivinhar. Não vale espreitar a solução...



domingo, 28 de março de 2010

Quanto custa a República?


Os monárquicos sempre foram pessoal de gostar de festanças e touradas.  Quando toca a fazerem contas é que são um bocado mais fraquitos. Mas compreende-se. Está no sangue. Já no seu tempo o Marquês teve que admitir que a malta da nobreza queria era touradas e espadeirada e mandou retirar o laboratório que tinha mandado construir a peso de ouro do Colégio dos Nobre e mandou-o para Coimbra. 

Em dois séculos e meio os monárquicos continuam a apanhar muito Sol na moleirinha (é o que faz andar sempre nas touradas) e continuam a não perceber como se faz uma contita simples.

O blogue piadético Centenário da República desenterrou a dotação orçamental da Casa Real Portuguesa em 1910 (501 contos ou 10 M€ na moeda actual) e comparou-o com o orçamento da Presidência da República, (cerca de 17 M€) concluindo que "A República custa aos Portugueses de 2010, mais 68,88% do que a Monarquia custava aos Portugueses de 1910".

Pasme-se! É a mesma coisa que dizer que uma carcaça, feita a correcção monetária custava cinco cêntimos e agora custa dez. So what? E quanto ganhava o pessoal na altura, ehn??? Ai! temos que ensinar tudo a esta malta das touradas.

Vá lá, aqui o República-Viva vai dar uma ajudinha, mas é só desta vez.! Se consultamos o documento das despesas dos órgãos de Estado verificamos que a dotação orçamental do PR é uma migalha nas despesas do estado apenas 0,01% do total!!! Agora para saber quanto gastava o D. Carlos vamos a um artigozinho do Prof. David Justino  (Análise Social, vol. XXIII (97), 1987-3.°, 451-461) verificamos em 1910 os Gastos Gerais do Estado foram avaliados em 70800 contos e que os gastos da Casa Real representaram 0,7% desse valor. Ohhhhhh, escândalo, afinal aquilo era um fartote de festanças, caçadas e fatinhos todos janotas. A manutenção da Casa Real em 1910 custava  70 vezes mais que a manutenção da Presidência da República em 2010. E agora, quem fica mais caro?

Foge cão

Isto antigamente é que era bom. Toda a gente tinha direito ao seu titulozinho. Até Almeida Garrett que terá proferido a célebre frase “Foge, cão, que te fazem barão. Para onde? Se me fazem visconde.” 30 anos depois quando o fizeram MESMO Visconde já tinha mudado de ideias. Agora como já não é possível arranjar-se títulos de nobreza, o pessoal tem que contentar-se com títulos mais banais como doutor, engenheiro, etc., para os quais tem mesmo que trabalhar para os obter (bem, pelo menos alguns) e não os pode passar à descendência. Um inconveniente sério. Dava cá um jeitaço não ter que andar a pagar propinas. Enfim.

Após a instauração da República cá pelo burgo, os títulos de nobreza foram abolidos, para a descendência. Isso não deixou lá muito contente o pessoal que estava à espera de herdar um prefixo para ajeitar o nome. E com toda a razão.
Mas há luz ao fundo do túnel para quem queira o seu titulozinho.
Agora, ao que parece, há uma instituição privada que, não só autentica os antigos títulos, como concede novos títulos de nobreza (é pelo menos o que soa por ai). O República-Viva ainda não percebeu bem como isto funciona. Parece que as Repúblicas, mesmo as das Bananas são conhecidas por não terem monarca. Logo não há títulos de nobreza para ninguém, né? Bom diremos qualquer coisa ao pessoal interessado assim que houver novidades.

As nossas bandeiras


O pessoal monárquico passa o tempo a dizer mal da bandeira verde-rubra da república. Que não respeita a tradição, que não é a verdadeira bandeira e outras tolices do género. Claro que para malta que às 7h da matina já vai no comboio ao lado do gajo que há uma semana se esquece sistematicamente de tomar banho, isso é absolutamente irrelevante. Vão lá perguntar que bandeira preferem - "a do Glorioso, pá, tá-se mesmo a ver".